Cidadania Italiana - Novas Regras

Cidadania Italiana: O Que Mudou e Como Ainda Realizar Seu Sonho Europeu!

E aí, pessoal! O que mudou na Cidadania Italiana? Quem nos acompanha sabe que somos apaixonados por viagens, culturas e, também, por investigar nossas raízes. E, claro, a saga da cidadania italiana sempre foi um tema presente por aqui. Recentemente, o governo italiano anunciou algumas mudanças nas regras para a concessão da cidadania por direito de sangue (ius sanguinis), e fomos atrás para entender tudo e trazer as informações mais importantes para vocês. O processo da Gleidys já está concluído, com sua cidadania e passaporte já finalizados. No caso dela a relação foi de neta, portanto, ainda dentro das novas regras propostas. Mas vamos entender melhor, o que de fato está acontecendo:

No final da última semana, o governo italiano, com o apoio do ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, implementou uma reforma que restringe o benefício da cidadania apenas a filhos e netos de cidadãos italianos nascidos na Itália. Essa nova regra impõe um limite geracional, excluindo quem tem bisavós ou parentes mais distantes.

Tajani justificou a medida afirmando que houve “abusos de pedidos de cidadania ao longo dos anos” e que “a concessão da cidadania não pode ser automática para quem tem um ascendente que emigrou há séculos, sem qualquer ligação cultural ou linguística com o país“. O objetivo é coibir os abusos, especialmente os milhares de pedidos que chegam da América do Sul.

Cidadania Italiana - novas regras

Até então, qualquer indivíduo que comprovasse ter um antepassado italiano vivo após 17 de março de 1861 (data da unificação do Reino da Itália) poderia requerer a cidadania, sem restrição quanto ao número de gerações. Agora, as regras ficaram mais específicas:

  • Netos de italianos: Se você tem um avô ou avó nascido na Itália, ainda pode solicitar a cidadania.
  • Bisavós: Inscrições baseadas em ancestrais mais distantes não serão mais aceitas.
  • Controles mais rigorosos: A verificação dos documentos será reforçada para evitar fraudes.
  • Exigência de vínculo efetivo: É necessário comprovar a manutenção de laços reais com a Itália ao longo do tempo, exercendo direitos e deveres de cidadão pelo menos uma vez a cada 25 anos.
  • Registro de nascimento no exterior: Indivíduos nascidos fora da Itália devem ser registrados junto às autoridades consulares italianas até os 25 anos de idade para manter o direito à cidadania.
  • Bisnetos e gerações subsequentes: Não têm mais direito automático ao reconhecimento, a menos que cumpram requisitos adicionais, como residência legal na Itália por um período determinado.

Além disso, a reforma inclui o aumento dos custos para obtenção da cidadania, com a proposta de chegar aos 700 euros.

A notícia gerou preocupação, especialmente entre brasileiros descendentes de italianos, que formam uma das maiores comunidades fora da Itália. A procura pelo passaporte italiano tem sido alta, com um crescimento de 40% no número de italianos (nascidos e residentes fora do país) na última década, passando de 4,6 milhões para 6,4 milhões.

Em 2022, a União Europeia concedeu cidadania a 25,9 mil brasileiros, sendo que 70% dessas concessões foram feitas pela Itália e Portugal. Segundo Eduardo Velloso, CEO da Trastevere Cidadania Italiana, estima-se que cerca de 500 mil brasileiros estavam em processo de reconhecimento da cidadania italiana e agora enfrentarão essas novas barreiras.

Quem protocolou o pedido de cidadania até as 19h59 do dia 27 de março (horário de Brasília) continua sujeito à legislação anterior. E, claro, nada muda para quem já possui a cidadania ou o passaporte italiano.

A comunidade ítalo-brasileira tem manifestado insatisfação com o decreto. Uma petição online contra as restrições já acumulou mais de 95 mil assinaturas, solicitando a revogação do decreto e melhorias nos serviços consulares. ASSINE AQUI 👉🏻 Ripudio al D​.​L. TAJANI 28/03/25

Especialistas afirmam que a medida pode conflitar com artigos da constituição italiana que garantem igualdade perante a lei e acesso à Justiça, o que pode motivar ações judiciais por grupos de defesa dos direitos dos imigrantes.

Para que as mudanças entrem em vigor, o projeto ainda precisa ser aprovado pelo Parlamento italiano. Caso a proposta seja ratificada, os descendentes de italianos ao redor do mundo enfrentarão um processo de obtenção de cidadania mais restrito e possivelmente mais oneroso.

Cidadania Italiana - novas regras

Um grupo de ítalo-descendentes se reuniu na manhã desta sexta-feira (4) em Roma, capital da Itália, em protesto contra as mudanças drásticas e repentinas para a obtenção da cidadania italiana, anunciadas pelo governo da premiê Giorgia Meloni no fim de março.

A mobilização, que contou com cerca de 150 pessoas de diversas nacionalidades – a maioria proveniente do Brasil -, foi realizada na Piazza dei Santi Apostoli, em meio à indignação com a aprovação do decreto que restringe a transmissão da cidadania italiana por direito de sangue (jus sanguinis).

Medida anunciada pelo governo italiano determina que apenas filhos e netos de nativos podem solicitar documentação, antes permitida até tataranetos

Andrea Ribeiro, especialista em cidadania italiana, comenta que a medida foi recebida com espanto pela sociedade do Brasil e da Itália. Ela explica que, momentaneamente, não é possível entrar com a solicitação de novos processos e que órgãos que defendem esse direito irão pedir uma revogação da medida, por ser inconstitucional, sendo necessário um plebiscito e uma mudança na Constituição para que entre em vigor.

Andrea também pontua que os solicitantes de cidadania são vistos como personas non gratas pelo resto da população do país, o que faz com que determinados grupos políticos busquem a aprovação de projetos como este. A especialista lamenta a situação e afirma que manifestações serão feitas para revogar o decreto. “Não tem lógica eu, Andrea, cidadã italiana reconhecida, e minha irmã, que não teve a oportunidade de vir à Itália, não poder mais tirar a cidadania porque nós descendemos de um bisavô”, completa.

A resposta é SIM! Mesmo com as novas regras, ainda existem alternativas e esperanças. Eduardo Velloso finaliza: “Apesar dos entraves, o setor jurídico está trabalhando intensamente para identificar erros e possíveis brechas na lei. A expectativa é de que, mesmo com o decreto, seja possível encontrar alternativas para dar continuidade aos processos sem causar prejuízos aos requerentes“.

  • Reúna a documentação: Se você é neto de italiano, comece a juntar todos os documentos necessários o quanto antes.
  • Busque assessoria especializada: Um bom advogado ou empresa de cidadania pode te ajudar a encontrar brechas e alternativas. Nós utilizamos a Cidadania 4U.
  • Mantenha a esperança: A lei ainda pode mudar, e novas oportunidades podem surgir.
  • Acompanhe as notícias: Fique de olho nas atualizações sobre o tema para não perder nenhuma novidade.

A cidadania italiana pode parecer um sonho distante com essas mudanças, mas não desanime! Com planejamento, informação e a ajuda certa, você pode realizar o sonho de ter o passaporte europeu e viver a vida que sempre quis.

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