Desde que nos aventuramos no mundo do Campismo ou Caravanismo, como alguns chamam, muito ouvimos falar e até já fomos apontados como “roda quadrada”, no vocabulário reservado do ambiente.
Acima, um exemplo do citado campista “roda quadrada”. Possui um trailer, fixo no chão, com instalaçoes de água e luz, (em alguns casos, com esgoto) e todo o conforto. Usa seu trailer como casa de campo, aproveitando a estrutura dos campings e a natureza onde normalmente estão instalados. Não rodam pelas estradas, estes “infelizes” rodas quadradas. Em tempo, o trailer acima é nosso. rsrsrss
Já o “roda redonda” arrasta sua casa, levando-a a todos os lugares que deseja conhecer. Aluga espaço, com luz e água, monta sua estrutura e dedica-se ao lazer e ao prazer de conhecer novos lugares, pessoas, fazer amizades novas, expandir horizontes. O trailer acima, um KC-380 é nosso também. Estavamos, nesta foto (set/2013), parados no CCB de Prado, na Bahia, onde fomos conhecer as praias do lugar e visitar Abrolhos, na época das baleias Jubarte. Entendemos que esta é a essência do campismo. Viajar para conhecer.
Porém, ao nosso ver, existe uma terceira categoria, que resolvemos chamar de “roda oval”. São os ditos campistas que saltam de encontro em encontro, apinhando-se em estacionamentos engarrafados, com seus veículos fantásticos, onde se perdem em demonstrar as qualidades hidráulicas de seus equipamentos e quando muito frequentemente, apontam as deficiências dos veículos alheios.
Somos convidados, não raramente, para participar destes eventos. Contudo, não é nossa praia, aliás somos avessos a aglomerações. Mas nossa curiosidade em entender esta tribo, nos levou a obter informações muito estranhas. Acreditem que grande parte destes “campistas” não conhecem as cidades que visitam. Ficam restritos ao camping ou ao local dos encontros (até porque não há como sair em alguns casos). Dedicam-se a rever amigos, comer e trocar experiências. Os assuntos nas rodas de conversa são mecânica, preços e novidades na área. É isso aí!! Cada um encontra prazer naquilo que lhe é de gosto.
Nós vamos continuar viajando atrás do novo. Como já diz a abertura de nosso site, gentilmente cedida por Fernando Pessoa.
“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”