Ilhabela – Litoral Norte Paulista

Ilhabela – Litoral Norte Paulista

ilhabela

Relembrando maio/2013 – Situada ao norte do litoral paulista, Ilhabela é uma das maiores ilhas oceânicas brasileiras em uma das mais belas regiões do País.
Separada do continente pelo canal São Sebastião, seu acesso é feito via balsa. São cerca de 42 praias com diferentes estilos.
São citadas centenas de cachoeiras plantadas numa das maiores reservas de Mata Atlântica.

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Em 1977 foi transformado no Parque Estadual de Ilhabela. A ilha conta com 17 comunidades nativas do arquipélago que preservam a cultura caiçara. Como optamos sempre por viajar fora das altas temporadas, encontramos uma ilha tranquila e vazia. Não podemos, portanto, comentar sobre as agitações de grandes feriados, mas os comentários são de que a ilha fica super saturada.
Mais informações sobre a Ilha e sua história podem ser facilmente encontradas na Internet. Vamos então contar o que vimos e como sentimos a ilha.
Depois de rodar uns 580kms (saímos de Teresópolis-RJ), finalmente subimos na balsa que atravessa o canal São Sebastião. A expectativa por um pouco de tranquilidade depois de infinitos radares, pedágios e estradas em obras (siga e pare), já se confirmava na calma da travessia.
Desembarcados na ilha, seguimos diretamente para nossa pousada. Escolhemos o Camping Pedras do Sino, que combina estrutura de camping para barracas e trailers, com estrutura de pousada, incluindo confortáveis apartamentos. A calma da baixa temporada também estava presente no camping. A vista da Praia de Garapocaia (Sino), em frente de nossa janela fez nosso primeiro cartão postal. Destaque para a limpeza e a cordialidade de todos que nos atenderam no camping.

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Fredy esticando as patasNada mais justo que deixar nosso companheiro de viagem esticar a coluna e as patas, antes de sairmos para conhecer a vila de Ilhabela.
Estávamos alertados para os mosquitos, mas a preguiça da chegada foi a conta. Os famosos borrachudos apresentaram sua força no pouco tempo em que ficamos apreciando a vista e o lugar. Banho tomado, repelente aplicado, necessidades básicas do Fredy atendidas, pegamos o carro e já de noite, seguimos para a vila.

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A vila é pequena e facilmente percorrida a pé, com muitas lojas,  restaurantes e um píer muito agradável. Depois de muito xeretar cardápios, decidimos por sentar no Borrachudo Sanduicheria, para uma(s) cerveja bem gelada e uma Carne Seca desfiada, com bastante cebola, com a vista do mar. Serviço 100%.

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Nosso segundo dia foi dedicado a rodar no sentido anti-horário, visitando tantas praias quanto possível. Repelente aplicado, saímos em campo. A orla está muito ocupada por residências, hotéis e restaurantes, com grandes extensões sem acesso ao mar. Coisas de um tempo em que tudo se podia…

Praia de Garapocaia – “Pedra que Toca (também conhecida como Pedra do Sino), tem como atrativo principal as pedras que produzem sons de sino. Pegue uma pedra pequena e bata em pontos diferentes nas inúmeras pedras da orla, para obter diversos sons. Estas pedras especiais servem de vista para um privilegiado restaurante que não pudemos experimentar.

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Praia do Viana, anexa a praia de Siriúba (nome de planta típica de mangue). Detalhe para a ocupação do hotel, avançando praia adentro. Local muito usado para locações e fotografias de moda.

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Praia de Barreiros, tem como atrativo principal as galerias de coqueiros.

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Quase chegando a Vila de Ilhabela, tivemos a grata satisfação de flagrar o Paratii-2 fundeado na marina local. Este barco (28,6m em alumínio), com tecnologia de ponta, é, se não me engano, o último projeto de Amyr Klink. De características únicas, combina simplicidade, funcionalidade e tecnologia para uma autonomia de até 3 anos. Pode ser navegado em solitário, se necessário. Vale muito ler os livros deste navegante (viajante).

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Chegamos a Vila de Ilhabela, com seu casario preservado, de cores alegres e o longo píer, com restaurantes, área de atracação e de águas bem claras. Não pudemos observar, mas é dito que ao se aproximar o por do sol, muitas tartarugas se aproximam do local.

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Mais adiante, em direção as praias do sul, paramos para registrar estas esculturas especiais, exemplo da reaplicação e reciclagem de metal, instaladas na Praia de Perequê.

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Todas muito bonitas. Nossa preferida é o pinguim ornamentado com velas de ignição.

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Praia da Feiticeira (clique aqui para saber os detalhes da lenda). Mesmo em baixa temporada, encontramos alguém para cobrar estacionamento numa área pública (acesso a servidão que leva a praia). Desagradável.
O casarão em estilo colonial é de fato muito bonito. Externamente muito bem conservado, não estava aberto a visitação. A praia de areia amarela e grossa não tem atrativos especiais. A beleza fica por conta da cachoeira artificial e do rio que desagua direto no mar.

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No retorno ao carro, tivemos a sorte de ver um casal de tucanos bem a vontade. Por pouco não consigo o registro abaixo.

Tucano

Cachoeira dos 3 Tombos. Voltamos para o norte para conhecer esta cachoeira. O acesso é muito bem sinalizado. Após atravessar uma cancela e obter as direções com o porteiro, seguimos até a entrada da trilha, onde paramos o carro. O destaque fica para o primeiro e último tombos e para a agradável trilha em meio a mata atlântica.

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Um bom banho de cachoeira para tirar o repelente velho e lembrar que já é hora de parar para petiscar e tomar uma cerveja de frente para o mar.

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Retornando ao camping, ainda pudemos flagrar este belo pássaro na mata em frente de nossa varanda, nos últimos voos antes do anoitecer.

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Para nosso segundo dia na ilha, contratamos junto a MareMar Turismo, o passeio em 4×4 até ailhabela-maremar-turismo-4x4 Praia de Castelhanos, no lado leste da ilha. Mesmo em baixa temporada, conseguimos montar o grupo mínimo para o passeio.
Com todo o material de pesquisa que coletamos na internet, as condições da estrada pareciam muito precárias, muito embora também tenhamos um 4×4. As informações sugeriam que devíamos preservar nosso equipamento.
O filme a seguir mostra parte do percurso de 22 km, que estava em ótimas condições. Concluímos que na temporada das chuvas, vale a pena se informar bem antes de encarar, até porque é necessário atravessar um leito de rio, que pode estar muito alto. Já no outono/inverno, é molezinha.

Assim que chegamos a praia dos Castelhanos, seguimos para a entrada da trilha que leva até a Cachoeira do Gato (30 minutos, nível leve), onde se pode tomar um banho embaixo da queda principal, com cerca de 50 metros.

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Que banho que nada. A falta do sol, a presença indiscutível dos borrachudos, as pedras bem molhadas e escorregadias foram argumentos suficientes para ficarmos somente na observação.
Nós nos consideramos pós-graduados em cachoeiras, mas podemos dizer que é, sim, uma queda muito bonita. Merecia uma estrutura para cascading (cachoeirismo), já que toda a sua queda é positiva.

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Acima nossos amigos de passeio Geraldo, Adriano e Priscila (em lua de mel), aproveitando o fim de tarde na Praia dos Castelhanos.

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Nota:  A operação da Mar e Mar Turismo deixou a desejar. O guia/motorista parecia contrariado na atividade, por ter sido avisado encima da hora. Iniciamos o passeio atrasados em uma hora. A esperada troca de informações durante o passeio foi praticamente nenhuma. Fomos deixados na praia, para que outro veículo da operadora (enguiçado na trilha) fosse socorrido por nosso carro. O retorno foi atrasado em 1:30h, até que nosso carro voltasse para nosso resgate. Ao chegarmos de volta na agência, fomos transferidos para outro veículo e então levados ao nosso camping.

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Nosso terceiro dia foi dedicado a conhecer a Praia de Jabaquara, mais ao norte de nosso camping e depois, seguindo para o sul, mergulhar na Ilha das Cabras.

Praia de Jabaquara (refúgio dos fujões, esconderijo do quilombo). O acesso era tido como muito ruim, o que não se comprovou. Estrada de terra em perfeitas condições. O carro deve ser parado na estrada em mais um estacionamento cobrado por um posseiro ou empregado e caminha-se uns 200 metros até chegar a praia.

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A pior praia no quesito mosquitos, mas uma das mais bonitas da ilha.  Mesmo com o repelente encima, a nuvem que te acompanha incomoda demasiadamente. Se optar por um mergulho, vai passar dificuldades para reaplicar o repelente, por conta do sal e da umidade da pele. Assim fizemos e logo decidimos ir embora. Os moradores citam um desequilíbrio ambiental para esta infestação mas sem um entendimento claro de como ocorreu e como reverter. Não é de estranhar estar vazia com um lindo dia de sol como hoje.

Rodamos em direção ao sul, até a praia das Pedras Miúdas. Em frente a ela está o Santuário Ecológico da Ilha das Cabras, que foi criado em 1992. Ilhabela é um dos principais pontos de mergulho do país devido a grande quantidade de navios naufragados no sul da ilha e a variedade de sua fauna marinha.

Ilha de Cabras

Existem várias operadoras de mergulho, com locação de equipamentos, cursos e etc.… nós visitamos a Colonial Diver e fizemos um levantamento de preço. Acabamos por alugar nadadeiras, máscara e snorkel direto na praia, a preços mais em conta. Fizemos uma incursão em apinéia, mas a corrente vazante sujou muito a água, além de ser muito forte.
Portanto, considere o fluxo da maré. Vazante (água turva), sentido direita para esquerda. Forte, leva você para fora da praia e dos poços de mergulho. Montante (água cristalina), sentido esquerda para direita. Amena e devolve você para a praia.
Não tivemos sorte desta vez. Chegamos na maré vazante e muito forte. A travessia do canal (praia – ilha) deve ser cuidadosa porque ainda circulam barcos por ali, muito embora já tenha sido determinado que é área restrita para mergulho e banhistas. Utilizando os serviços das operadoras, estas travessias são feitas em barco. Um dos vídeos que selecionamos no YouTube mostrando o mergulho na Ilha das Cabras é de Felipe Bogomoltz, já que não pudemos fazer o nosso.

PedrasMiudas

Aproveitamos o resto do dia para não fazer nada, comer um peixinho e refrescar o bico com uma(s) Itaipava(s). Para nosso conforto, ausência de borrachudos nesta praia.
Encerramos a noite tomando um vinho sentados na praça da vila de Ilhabela, em frente ao chafariz dançante. É muito bom viajar fora de temporada.

Pesquisa: Antes da viagem fizemos muitas pesquisas na Internet. Um dos melhores links foi o da Trilhas e Aventuras – O que fazer em Ilhabela.

As posições mapeadas das cachoeiras, trilhas e destaques podem ser baixadas neste arquivo para visão no Google Earth.

2 Comments

  1. Gisele Teixeira dezembro 26, 2016
  2. Carlos, Gleidys e Fredy dezembro 26, 2016

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