El Calafate é a capital nacional de Los Glaciares.
Deixamos Buenos Aires (março de 2007) com destino a El Calafate pela AA (Aerolineas Argentinas). Em El Calafate ficamos no simples e confortável Cerro Cristal Hotel (sem site – tel.: 54 (2902) 491-088).
Quarto com aquecimento (temperatura exterior, à noite, estava em torno de 7ºC), tudo muito limpo, boa cama e instalações generosas. Aproveitamos o resto do dia para bater perna por Calafate e tirar $(dólares) nos caixas Visa e Mastercard, já que não estávamos conseguindo usar o cartão do Banco do Brasil. No dia seguinte saímos logo cedo de ônibus, para o Parque Nacional Los Glaciares.
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Passeando pelas passarelas, ficamos frente a frente com o espetacular Glaciar Perito Moreno. Enquanto aguardávamos a hora do embarque para navegar junto à parede do glaciar, presenciamos muitos desmoronamentos, alguns de grandes proporções. Experiências únicas e incomuns para os olhos de nativos tropicais.
As variações do branco ao azul impressionam. Difícil imaginar uma coluna de 60 metros de gelo acima do nível do mar, 5 quilômetros de extensão e mais de 150 metros de profundidade, sendo empurrada mais de 1 metro por dia em direção ao lago Argentino. A temperatura estava na ordem dos 9ºC.
No dia seguinte, retornamos ao parque para o Treking sobre o gelo do Glaciar Perito Moreno. Uma experiência imperdível. Não deixe de fazer. O dia teve de tudo. Sol, chuva durante a navegação, muito frio e vento.
A paisagem na aproximação do glaciar é surpreendente, composta de muitas pedras, troncos e galhos mortos.
Recebemos as orientações de segurança e os equipamentos (botas de pregos “crampons”, capas de chuva e luvas extras). Partimos para nosso treking no gelo.
Caminhar sobre o gelo do Perito Moreno não demanda técnicas especiais. Os crampons dão toda a segurança e aderência que você precisa. Bastam alguns minutos de adaptação e pronto. Após algum tempo sobre a geleira, sua percepção do frio nas extremidades (mãos, orelhas) fica comprometida, portanto, não deixe de usar as luvas e tocas. Quando resolvi checar minhas orelhas, achei que não estavam mais ali de tão dormentes.
Os buracos por onde a água derretida escorre podem ter até mais de 100 metros de profundidade. Se originam a partir de pequenas partículas sólidas que ao descansar sobre o gelo, absorvem o calor do sol, começam como pequenas poças, aprofundando até encontrar com o leito do lago.
Tivemos a oportunidade de fazer alguns exercícios de escalada em gelo, com o auxílio dos “crampons” e dos “piolets”, espécie de machadinha que fura o gelo e permite a ascensão na parede.
A confraternização ao fim do treking foi perfeita. Uma farta mesa com uísque e chocolate para aquecer a alma e as orelhas.
A vegetação que divide este ambiente com a geleira é resistente e única. No inverno é praticamente enterrada pelo gelo e pela neve, vindo a renascer nos meses mais quentes.
Um lugar de muita energia, impactante, belo e único.
Nos despedimos de El Calafate com um jantar no restaurante La Tablita, um dos mais antigos estabelecimentos da cidade (1968). A especialidade são as carnes e churrascos, mas nós preferimos as pastas “Ravioles de verdura e ricota” e o “Noquis Casero”, acompanhados de um bom vinho.
No dia seguinte, tomamos o rumo de El Chaltén no ônibus da Chaltén Travel. Com 3 horas e meia cobrimos os 230kms que separam as duas cidades.
As coordenadas de todos os lugares que visitamos (Buenos Aires, El Calafate, El Chaltén e Ushuaia) nesta viagem podem ser obtidos através deste arquivo.kmz, para abertura pelo Google Earth.
Abaixo, alguns momentos da viagem transformados em filmes. Nessa época (2007) os cartões de memória eram muito pequenos para filmagens e nossa técnica de edição ainda um tanto quanto primária. rssss