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Festival da Pinga de Paraty – 13 a 16 de agosto de 2015
Nós vamos, e escolhemos o CCB de Paraty na praia do Pontal, bem no centro de Paraty, para estacionar nossa casa.
Esta festa é realizada desde 1982, quando começou com o nome Festival da Pinga. É um dos eventos mais tradicionais da cidade e do mesmo modo que ocorreu com a bebida que celebra – que lhe obteve a distinção de um selo de Indicação de Procedência e fez com que algumas de suas marcas estejam entre as melhores do Brasil – vem passando por um gradual processo de requalificação em sua estrutura e funcionamento, cenografia e programação, num esforço conjunto das secretarias de Turismo e Cultura da cidade, Associação dos Produtores de Cachaça de Paraty (APACAP) e Pólo Gastronômico de Paraty.
Ordenar o funcionamento do Festival, elevar a qualidade dos pratos servidos fazendo jus à cachaça como um produto gourmet, resgatar a aparência acolhedora de uma quermesse tradicional em instalações adequadas e dar ênfase às músicas tradicionais da cidade, também em suas versões modernas, bem como ao choro e samba, estão entre os princípios que norteiam a edição de 2015 do Festival, reintegrando a cachaça à cultura tradicional que a envolve.
Quer saber mais da história desta festa?
As raízes do Festival
“O nome original era festival da Pinga. E desde 1982, quando começou a ser realizado, é um dos eventos que se fortalecem como dos mais tradicionais da cidade, criado para celebrar o único produto industrial da região até hoje: a cachaça.” Quem conta essa história é o paratiense Dalcir Ramiro, o conhecido ceramista Cizinho que, no começo dos anos 1980, como comerciante na cidade, tomou a frente da revitalização da Acip, Associação Comercial e Industrial de Paraty. Foi seu primeiro presidente. “O vice era o Dedé (Benedito José Melo da Silva) e havia os secretários, o Luis de Carvalho, a Dila e o Ubiratan. Alugamos a primeira sede da associação no centro histórico e montamos ali uma sede social. Aquele impulso foi fundamental para fortalecer não só a classe dos comerciantes, mas também o grupo produtor de cachaça”, lembra Dalcir.
Ele conta que a ideia do Festival da Pinga nasceu numa das reuniões com os alambiqueiros associados. “O Douglas Reid, um ex-executivo que havia comprado aqui na cidade a produção da cachaça do Joãozinho (príncipe Dom João de Orleans e Bragança), tinha muita visão. Havia batizado de Maré Alta a sua cachaça, para a qual criava modelos especiais de garrafa, com lançamentos de rótulos diferentes, entre eles o nome Carnaval. Chegou a expor sua cachaça nas lojas da H.Stern, como produto de exportação. E foi dele a ideia de valorizar na cidade a cultura da cachaça em um encontro dos alambiques, visando valorizar o produto. Tudo foi criado com muito entusiasmo, numa ação coletiva dos alambiqueiros.”
Dalcir conta que o formato do 1º Festival da Pinga, em 1982, era muito semelhante ao festival de hoje. “Claro que não tão grande, mas tinha o perfil de festa de Paraty, com estandarte, foguetes, carro alegórico e banda de música tocando pela cidade. Aconteceu durante três dias na Santa Rita, também no mês de agosto. O objetivo era valorizar o produto atraindo turistas e visitantes para aquele período de baixa temporada. O lema era cada um fazer sua barraca, foi incrível o espírito de competição, um mostrando que podia fazer melhor que o outro”, diz ele, gostando de relembrar e apontando os participantes pioneiros: “o Eduardinho (Eduardo José Mello), da cachaça Coqueiro; o Luiz Maurício Mello, da Vamos nessa; o Anibal Gama, da Corisco; e o Douglas Reid, da Maré Alta”.
Por três anos consecutivos, durante sua gestão na Acip, Dalcir Ramiro viu crescer e ajudou a consolidar o Festival da Pinga. “Nasceu como evento único, com raízes de Paraty, desde o começo sentimos que daria certo. Considero o meu legado para a cidade, fruto da minha atuação como artista e comerciante. E foi uma festa criada para valorizar o produto, não para vender cachaça”, ressalta Dalcir.
Do time dos pioneiros da história do Festival da Pinga, Eduardo José Mello (Eduardinho), do alambique Coqueiro, a primeira cachaça brasileira a receber o selo de qualidade e excelência do Ministério da Agricultura, reforça a importância cultural da festa, relembrando seu formato original. “No início eram três dias e três noites, sem fechar. Havia um controle rigoroso, não se vendia outra bebida no recinto. O festival foi criado com origem nas festas de família, o que se queria era valorizar a cultura local, por meio da cachaça produzida pelos alambiques e também pela música e pela gastronomia. O principal fruto da história desse Festival foi poder mostrar a cachaça de Paraty para o mundo”, celebra Eduardinho. FONTE: Comunicação da Casa da Cultura de Paraty
Agora que você já sabe de tudo, hora de se planejar e marcar presença em Paraty. Nos vemos por lá.