Se há uma imagem que representa o lugarejo San Pedro do Atacama é sua igreja. Datada de 1774, foi construída pelos jesuítas espanhóis.
As paredes são feitas com adobe (argila, areia, água). Essa combinação depois de seca em forma de tijolos, permite que as paredes respirem, evitando a criação do mofo. Essa visita aconteceu em fevereiro de 2018.
O teto da igreja é feito de madeira de cacto (engenharia andina) e couro de lhama. A torre foi anexada somente em 1890. Foi ao seu redor que o povoado foi se formando.
A fachada da igreja costuma ser branca. Aparentemente, pegamos a igreja em fase de manutenção, para receber a nova tinta por época das festividades, que ocorrem a cada 29 de junho. Seu padroeiro é São Pedro. Vejam o detalhe do portão lateral, feito de galhos retorcidos acima à direita.
A igreja fica ao lado da Praça das Armas, local onde todos se encontram, sejam os locais, sejam os turistas entre um passeio e outro. Na praça também ficam o polo de informações turísticas, o centro administrativo e a feirinha de artesanato.
Na praça, embaixo das sombras, quem precisa de um WIFI grátis (bem sofrível), resolve pequenas necessidades.
Nas ruas que se cruzam (Caracoles, Toconao, Calama,…) se distribuem os restaurantes, as operadoras de turismo, a casa de câmbio e os comerciantes locais.
Hotel – nós ficamos hospedados no Hotel Masairi Bed & Breakfast, que foi garimpado no Booking com um bom preço promocional (R$ 289,00 a diária de casal, com café da manhã incluído). O ambiente é decorado rusticamente, preservando o adobe na construção. Os detalhes chamam a atenção. Com um conforto adequado, não deixou a desejar em nenhum aspecto. O WiFi também instável, mas deu conta do básico.
O café da manhã bem razoável. Sugerimos incluir um ovo mexido para substituir quem não come embutidos (presunto). Mesa com uma opção de suco, cereais, frutas, pães, café, leite e chás, incluindo o de coca e “rica-rica”.
Quarto bem dimensionado, com banheiro (água quente), ventilador, enxoval completo, frigobar e varanda para se observar o incrível céu do deserto.
A limpeza foi diária, com troca de enxoval a cada 2 dias.
Somente um aspecto não nos agradou e acreditamos ser fundamental para que o hóspede se sinta bem recebido. O atendimento na recepção teve duas faces.
Uma foi a atendente Tamara, que mostrou-se difícil de lidar. Para quem conhece a técnica de poucos amigos, funciona de forma a fazer com que o hóspede evite procurá-la. Sempre de cara fechada, devia estar alocada em outra função. Já o Luiz, uma simpatia e disponibilidade que nos fez sempre procurá-lo em primeiro lugar. De toda forma, foi uma estada muito agradável.
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Restaurantes – Fomos a vários nos 8 dias que ficamos na cidade. São eles:
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A primeira investida foi no Lola (Tocanao 441), onde experimentamos a deliciosa Brusqueta de camarão, queijo de cabra, abacate e chá verde. Deu água na boca né? Veja a foto então. Fechamos com uma deliciosa pasta com frango. Gastamos R$ 140,00 para dois, com 3 cervejas Corona.
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Bendito Desierto (Domingo Atienza 426), onde ocorreram as refeições de confraternização após os passeios, incluídas nos pacotes da operadora Araya Atacama.
Um estar agradável, com um riacho correndo baixo das mesas e boas opções de cardápio. Desde carnes, peixes, massas e empanados. Custo médio de R$ 120,00 o casal.
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Estrella Negra (Caracoles 362), onde você encontra, além da cozinha chilena e internacional, boas opções de comida vegetariana. Um dos mais baratos ($5000,00 pesos chilenos = R$28,00). Pratos muito bem servidos e saladas muito caprichadas.
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Adobe (Caracoles, 169). Um dos mais conhecidos e badalados. Aproveitando uma promoção do Pisco Sour (um drink muito parecido em paladar com a marguerita mexicana, feito com aguardente de uva, limão, açucar, clara de ovo, gelo e algumas gotas de angostura), fomos experimentar o Menu do dia do Adobe ($9000,00 pesos = R$50,00) que incluía entrada, prato principal e sobremesa.
Comida boa, bem servida, muita simpatia de todos e uma música chilena de raiz, para completar o ambiente.
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Mal de Puna (Domingos Atienza, 2357). Convencidos por um folheto oferecendo de brinde um drink do Pisco Sour, fomos experimentar este restaurante, um pouco mais afastado do centrinho.
Muito procurado pelo preço promocional. Acaba convencendo muita gente jovem, independente da poeira que cisma em nos acompanhar por onde se vai.
Funciona também no esquema de Menu do Dia, ao preço fixo de $5000,00 pesos chilenos = R$28,00.
Inclui entrada e prato principal, com opções de carne, peixe, frango ou massa. Não tinha a mesma fartura dos outros.
A cidade – Muito empoeirada. As ruas são de terra, salvo raras exceções. O movimento de carros, vans, motos e pessoas é intenso durante todo o dia e parte da noite. Isso, somado ao vento, faz com que você respire muita poeira e terra. Portanto, não se esqueça de ter com você um colírio lubrificante e um hidratante nasal ou mesmo soro fisiológico.
A grande concentração de operadoras de turismo, hostels, restaurantes e demais serviços (farmácias, mercadinhos, lojinhas,…) fica no trevo das ruas Caracoles, Toconao e Tocopila.
Feirinhas – Para comprar artesanato e produtos locais, existem 2 feirinhas. Uma na Plaza de Armas, ao lado do Centro Administrativo e outra junto ao campo de futebol. Nós preferimos a primeira. Bons preços e bom jogo de cintura para negociar.
Regras – Como já dissemos no artigo sobre Dicas e Roteiro em Santiago, não é permitido tomar bebidas alcoólicas na rua e mesmo os bares e restaurantes só servem dentro de suas instalações. Então, comprar e levar para consumo no hotel, só através das Botillerias. Vimos duas em San Pedro. A Algarrobal e a El Taznire, todas no centrinho. Fizemos nossas compras nesta última. Os vinhos chilenos sempre com ótimos preços.
Operadoras de Turismo – São muitas as operadoras disponíveis em San Pedro. Algumas muito, muito caras, outras bem mais em conta. A diferença está na qualidade dos serviços prestados. No meio estão as que conseguem mesclar qualidade, simpatia e flexibilidade, com preços justos. Nessa categoria está a Araya Atacama. Muito bem falada nas redes, sempre com avaliações positivas, se destaca pela extrema facilidade de ajustar os passeios às suas necessidades. Resolvemos testar e ficamos extremamente satisfeitos. desde a Roberta (organizadora e gestora), passando pelos guias locais, sempre muito simpáticos, atenciosos e falando um português quase perfeito até chegar aos motoristas. Um time de primeira linha. Não procure pela loja física da Araya em San Pedro. Ela é uma operadora virtual que funciona.
Estacionamento para Motorhomes e Trailers – O lugar mais usado para esse fim em San Pedro de Atacama, é o estacionamento central, ao lado do campo de futebol.
Não conta com recursos como água ou energia. É bastante empoeirado e divide as vagas com ônibus, vans e veículos particulares.
Possui uma canaleta central, destinada a receber águas servidas somente. Nem pense em esvaziar detritos ali. Os carabineros vão lhe aplicar uma bela multa e convidá-lo a procurar outro destino.
O sol é implacável. A total ausência de sombras vai lhe garantir um equipamento muito quente ao retornar dos passeios no fim do dia.
Você pode usar seu gerador para tocar o ar condicionado durante o dia, mas deve desligá-lo no início da noite, quando o clima fica mais agradável.
Coordenadas lat -22.909797°, long -68.198633°. Abaixo, alguns dos veículos que estavam usando o lugar.
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A Camper ao lado nós encontramos estacionada na Laguna Chaxa, com uma família de 3 pessoas.
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Nos artigos seguintes, vamos falar sobre o mais belos passeios do Deserto do Atacama.
Acompanhe.
Veja abaixo o filme da viagem.