novembro/2009 – Essa foi uma viagem pinga-fogo, com o passaporte da Azul Linhas Aéreas. Rio-Curitiba-Rio, 14 a 16/11.
Chegamos a Curitiba Sábado pela manhã. Pegamos o ônibus executivo do aeroporto (R$8,00) que nos levou até o centro da cidade. Saltamos em frente ao prédio da Receita Federal e três quadras adiante já havíamos chegado ao Hotel Savoy, na R. João Negrão (R$ 70,00 a diária do casal, com ar e café da manhã – normal é R$ 140,00) próximo a Rodo Ferroviária e do Shopping Estação. Calor em Curitiba (32°C). Maletas no hotel e seguimos a pé para o Shopping Estação, para aproveitar o que sobrou do Sábado.
Descemos duas quadras e chegamos ao Shopping. Entramos no Espaço Sensações onde tomamos contato com o interessante processo de fabricação dos perfumes e suas várias essências.
Dali, fomos conhecer o Espaço Estação Natureza, conduzido pela Fundação Boticário. Muito oportuno para formar opinião sobre preservação e ecologia, com especial cuidado para as crianças. Lanche rápido e partimos para pegar o Ônibus do City Tour da Prefeitura.
O ônibus passa de meia em meia hora nos atrativos. Ao custo de R$ 20,00, pode-se saltar e reembarcar mais 4 vezes durante o percurso. Depois de algumas perguntas aos nativos, escolhemos o Ópera do Arame, o Parque Tanguá e Santa Felicidade. Não teríamos mesmo tempo para mais nada, e Santa Felicidade (eixo gastronômico de Curitiba) era o projeto de jantar que havíamos decidido.
O teatro é todo construído em estrutura tubular, com teto transparente. Com capacidade para mais de 1500 expectadores, recebe os principais espetáculos da cidade de Curitiba.
O Parque Tanguá (acima e abaixo) é um dos principais de Curitiba. Impressiona pela cuidado com as instalações e jardins. Está localizado nos bairros Taboão e Pilarzinho.
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Em Santa Felicidade fomos degustar vinhos, queijos e frios na loja da Vinícola Durighan. Antes de fechar ainda tivemos tempo de entrar na Casa de Bonecos, toda ambientada para o Natal e completamos os espaços vazios das sacolas de vinhos com presentes natalinos.
Jantamos no restaurante Velho Madalosso, rodízio de massas com 4 opções de carne. O Novo Madalosso (capacidade para até 4000 pessoas) serve somente as massas em rodízio. Parecia colossal demais para um jantar calmo. Hora de voltar ao hotel e preparar a saída cedo de Domingo, com destino a Morretes e Paranaguá, pela antiga estrada de ferro Curitiba-Paranaguá.
Na Rodo Ferroviária, compramos somente os bilhetes do trem (classe executiva), sem qualquer outro suporte das operadoras de turismo. Primeiro porque queríamos ir até Paranaguá e também não estávamos interessados em almoçar em Morretes para comer o tal Barreado. Nos parecia muita perda de tempo. Pagamos R$ 62,00 por cada ticket.
Lembre-se de escolher o lado esquerdo do trem. A vista é melhor. Fizemos a viagem até Morretes com todos a bordo. Chegando lá passamos para o segundo vagão e daí seguimos até Paranaguá. A história da ferrovia é contada durante o percurso, por guias da Serra Verde (operadora da linha), com direito a lanchinho. Nas 3 primeiras horas percorremos a parte mais bonita da rodovia, serpenteando pelas encostas da Serra do Mar, atravessando 13 túneis, com vista de belas cachoeiras e rios, incluindo 41 pontes e 32 pontilhões.
Destaque para o Pico do Marumbi (1547m), com muitas vias de escalada e trilhas. O tempo passa sem que se perceba.
Morretes é bem pequeno. Ficamos lá somente o tempo para trocar de vagão. Seguimos adiante com o trem até Paranaguá, onde se encontra o Porto de Paranaguá, considerado o sexto maior do mundo e o maior porto graneleiro da América Latina. De Morretes até Paranaguá levamos mais uma hora, sendo que 30 minutos foram gastos somente dentro das instalações dos depósitos e silos de grãos, numa marcha muito lenta, por conta das muitas conexões de trilhos, linhas e trens de carga. Mas valeu pela experiência, a despeito do ambiente de indústria (muito pó, muito lixo).
Paranaguá histórica, com suas casas antigas, é muito bonita e algo conservada. Como ainda tínhamos algumas horas de luz, resolvemos esticar até a Ilha do Mel. Seguindo nossa pesquisa, pegamos o ônibus da empresa Graciosa, que em 1h30m nos levou até o Pontal do Paranaguá, para pegarmos o barco que atravessa até a ilha (pode-se ir de barco direto até a ilha, mas são 3 horas de percurso). Antes, porém, comemos uma generosa porção de camarão frito e bem sequinho no quiosque da Helena (Lanchonete Água na Boca), sentados em frente ao Rio Tiberê, bebendo uma Original bem gelada.
De barco (R$ 10,00), seguimos para a Ilha do Mel. Em 30 minutos já estávamos andando na trilha que nos levou até a Gruta Encantada e a Praia das Encantadas.
Além da sensação de preservação e cuidado com a natureza que tivemos, ficou a certeza de que devemos voltar com uns 5 dias, para rodar toda a ilha.
No mapa abaixo, uma visão completa da ilha.
Então, foi parar para comer alguma coisa e retornar no sentido inverso. Barco de retorno ao Pontal, e ônibus da Graciosa direto para Curitiba (R$ 20,00). Chegamos na Rodo Ferroviária as 23:30hs e no hotel já meia-noite. Hora de dormir para estar no aeroporto as 7:00 da manhã de segunda. Acabou o Passaporte Azul da Azul Linhas Aéreas. De olho no próximo.
Dicas:
- pegue no aeroporto o folheto com todos os horários e locais de embarque do Ônibus Executivo. Acredite, funciona muito bem.
- aquela máxima de que o Curitibano não gosta de carioca não existe mais. Fomos muito bem tratados, por onde tenhamos estado.
- Pergunte sempre se pode comprar a passagem de volta, quando estiver comprando a de ida. Por pouco não ficamos agarrados no Pontal de Paranaguá, sem retorno para Curitiba.