Retornamos a Tiradentes (jul/19) para participar do 7º Encontro VQQ da Família Campista/RJ. O camping Tiradentes recebeu muitas melhorias, desde 2015, quando aqui estivemos pela última vez. No artigo que trata especificamente do camping, detalhamos todas essas modificações e benfeitorias.
A cidade de Tiradentes, a vizinha Bichinho e a serra de São José, sempre tem atrativos e belezas para se ver.
Em 2015 subimos a Serra de São José até o cume (artigo mais abaixo). Desta vez fomos conhecer a cachoeira do Mangue, de fácil acesso, por trilha leve de 1h30m de ida. Nosso guia na cidade é o Vinicius Armoa, da operadora Caminhos da Trilha (contato 32 9808-8788 Whatsapp). É muito bom caminhar com alguém que conhece profundamente o solo que está pisando.
Visitamos Bichinho, distante 7 kms do centro de Tiradentes, atrás de bons preços para o artesanato de ferro, madeira e barro. Sem sucesso. Os preços estavam bem salgados. Depois de assistir à procissão de Corpus Christi e ver as ruas decoradas com os tapetes religiosos, viramos a proa para Santa Cruz, 7kms no outro sentido. Acreditávamos que, como em 2015, poderíamos negociar diretamente com os artesãos, por 15% do valor de Bichinho. Falha nossa. As fábricas e os artesãos não estão mais lá. Foram afastados pelo valor dos aluguéis, de acordo com um morador que ainda produzia algumas peças no fundo da garagem de casa.
Fomos conferir uma dica de amigos. Almoçar no Restaurante Sabor Rural, 3kms a partir da estação ferroviária. A comida mineira muito bem servida e saborosa, acompanhada da famosa caipirinha na chaleirinha, feita com a cachaça produzida no lugar, são pedidas imperdíveis. Enquanto aguarda o prato principal, peça os pasteis de angu como aperitivo. Recomendamos muito. Arranje alguém para dirigir ou vá de táxi, mas não deixe de ir.
No vídeo abaixo, você vai ver as imagens aéreas que fizemos com nosso drone por sobre o camping Tiradentes durante o 7º VQQ da Família Campista e por sobre a Serra de São José além de outras dicas do que ver e fazer em Tiradentes. Aceite nosso convite e confira.
abril/2015 – Em Tiradentes ficamos no agradável camping Tiradentes, com a hospitalidade mineira do casal de proprietários, Sr. Luiz e D. Isabel. Fizemos um post específico sobre o camping, em nossa seção de campings visitados. Para ver, clique aqui. Estacionamos nossa camper e deixamos o gato Fredy usando parte das 18 horas de sono diárias.
O mapa abaixo dá uma boa ideia da cidade de Tiradentes, mostrando os atrativos turísticos do lugar.
Para obter este mapa em tamanho grande, clique aqui.
A noite em Tiradentes é típica de uma cidade de interior, fora da alta temporada, quando suas ruas calçadas em pedra, ficam muito tranquilas. Aproveitamos para brindar nossa presença em Tiradentes, tomando um vinho na praça principal.
As opções de bons restaurantes e petiscarias é grande. Decidimos pelo Restaurante Barroco, bem no canto da praça. Fomos muito bem atendidos. Escolhemos uma calabresa na chapa, fumegante e com bastante cebola e uma sopa de ervilha servida no pão. Tudo impecável.
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Iniciamos nosso segundo dia indo diretamente para a Cachoeira do Bom Despacho. Uma queda d´água situada nas margens da estrada que liga Tiradentes a Santa Cruz e junto ao marco da Estrada Real. Com muito pouca água, não mostrou sua possível força em tempos de chuva.
Seguindo dica fornecida por um morador local, fomos a Santa Cruz de Minas (arquivo GPS), ver artesanato e mobiliário muito mais em conta que em Tiradentes. De fato, tudo em Tiradentes vem daí. Sobretaxa de 150% é a média. Portanto, antes de decidir comprar alguma coisa, vá a Sta Cruz antes. Contudo, há artesãos que produzem localmente, praticando preços justos. Encontramos o Edson, criador desta curiosa formiga feita de material reaproveitado.
Escolhemos dois trabalhos em madeira e ferro muito bonitos. Veja abaixo:
O endereço do Edson fica na Rua Frei Veloso, 437, em frente a Pousada Papyrus. (arquivo GPS). Em seguida fomos conhecer o Chafariz de São José de Botas, considerado o mais belo das Minas Gerais, único com oratório e santo. Data de 1749 sendo a principal fonte de água da cidade durante muitos anos.
O aqueduto que abastece o Chafariz pode ser acompanhado em trilha (20 minutos). Foi construído pelos escravos em 1749. O bosque que protege esta obra é conhecido como Mãe D´água.
O tamanho das pedras usadas como base, canaleta e cobertura são impressionantes pelo tamanho e peso estimados. O cuidado com o desnível para manter a água descendo por gravidade chama a atenção.
Daí seguimos para nossa romaria pelas igrejas. Abrimos com a Matriz de Santo Antônio. Com tantos atributos, fica difícil anotar todos. Oriunda de uma pequena capela (1702), foi concluída em 1710. A fachada atual é de autoria de Aleijadinho (1810). Em frente está o Relógio do Sol (1785), que se tornou um dos símbolos da cidade. No piso interno eram enterrados os mortos (ricos ou pobres). A falta de espaço levou ao uso da área externa. É a segunda igreja do Brasil em quantidade de ouro (482 kg). Em seu interior está um órgão de tubos, datado de 1788. Visita paga (R$ 10,00). Aberta diariamente.
Próxima igreja foi a de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. A irmandade do Rosário, que a construiu, congregava os negros nascidos na África.
Outra bela Igreja é a de São Francisco de Paula, construída em meados do século XVIII. Situada no alto de uma colina, é de lá que se tem a melhor vista panorâmica da área urbana da cidade.
Trocando de igrejas para a pinga, fomos conhecer o Alambique da Cachaça Jacuba, na zona rural de Coronel Xavier Chaves (arquivo GPS). Medalha de Bronze pela USP. Eleita a 4ª melhor de Minas pela UFMG e Vencedora do Prêmio Double Gold na San Francisco World Spirits de 2011. Fomos recebidos pelo proprietário que nos levou a conhecer todo o processo de produção até a degustação. Aberta todos os dias aos turistas entusiastas. rsrsrsss
Depois da degustação fizemos nossas compras e seguimos de volta para o camping Tiradentes, pois tínhamos um almoço bem caseiro, feito por D.Isabel, nos esperando.
O gato Fredy aproveitou para reconhecer as redondezas do acampamento e fez alguns exercícios bem felinos.
O dia seguinte estava reservado para fazer a trilha até a Serra de São José e o sol veio, conforme combinado. Fomos ao encontro de nosso guia e de lá para o início da trilha, onde deixamos o carro. Na foto abaixo, nosso objetivo.
O guia Vinicius da Caminho da Trilha atuou como um guia de fato. Foi o tempo todo interativo. Durante o trajeto mostrou conhecimento de botânica, de história e da fauna local. Quando mal percebemos os 40 minutos de trilha, já haviam passado e já estávamos no planalto superior.
A formação das pedras é impar. Por serem muito porosas e macias, ficam sujeitas as erosões de ventos e chuvas, criando exemplares como os abaixo.
Fomos surpreendidos pelo encontro inusitado com uma equipe do IEF, patrulhando a serra. Digo inusitado por que não é um encontro comum. Somos trilheiros a décadas e estes encontros são raros. Bom sinal.
Em nosso último dia em Tiradentes, fomos a pé, pela linha do trem (3kms), até a estação da Maria Fumaça. A composição faz o trecho entre Tiradentes e São João Del Rei.
Esse encanto pelo passeio já começa no embarque ou desembarque na pequena estação construída em 1881, para servir a Companhia de Ferro Oeste de Minas. Possui o mesmo estilo das estações mineiras edificadas no final do século XVIII e princípio do XIX. Em frente à estação, está a rotunda, “mecanismo pelo qual a locomotiva inverte sua posição na linha férrea e, com uma curta manobra, engata-se novamente aos vagões para regressar a São João Del Rei. Embora os maquinistas efetuem essa manobra de rotina logo após a chegada, muitos turistas deixam de aprecia-la por falta de informação” (Américo Pellegrini Filho). A “Maria Fumaça”, que corre em bitola de 760 mm, é uma máquina que foi fabricada na Filadélfia pela empresa Baldwin. O valor do passeio nos pareceu bem salgado (R$ 60,00 por pessoa, valores da época).
Nos despedimos dos novos amigos (Sr. Luiz e D. Isabel, proprietários do Camping Tiradentes), apontando nossa proa para Capitólio, Serra da Canastra, na sequência de nossa viagem.
Mais uma cidade linda de Minas que entrou pra minha lista!! Degustação de cachaça, essas comidas deliciosas e paisagens incríveis. Adorei o post!!
Obg amigos do Contando Destinos.