Barra do Punaú em Natal, RN

Natal e João Pessoa, pérolas do nordeste Brasileiro

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Relembrando fevereiro/2005 – passamos uma semana em Natal, com direito a uma esticadinha a João Pessoa na Paraíba.
Como temos direito ao SESC (Serviço Social do Comércio), antecipamos bem uns 6 meses para conseguir hospedagem na unidade de Natal, que fica muito bem localizada em Ponta Negra, juntinho à praia de mesmo nome.
Não me recordo mais das tarifas, mas eram muito inferiores aos praticados pelas pousadas e hotéis. Afinal estávamos em alta temporada. E tudo de bom incluído (ar-condicionado “era verão”, frigobar, serviços completos de roupa de cama e banho e café da manhã).

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Na foto acima a praia de Ponta Negra, tendo ao fundo o famoso cartão postal da cidade, o Morro do Careca, que de vez em quando é fechado à visitação, para preservar sua forma. Depois de “lagartear” pelo resto do dia de nossa chegada, começamos os contatos para preencher os demais.

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No dia seguinte, fomos direto conhecer o Forte dos Reis Magos, no fim da Praia do Forte.

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Fundado em 1599, foi o marco inicial da cidade. O nome Reis Magos é fruto da data de início de sua construção, 6 de janeiro de 1598, dia de Reis.

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Do Forte seguimos para conhecer o Parque Estadual das Dunas, carinhosamente chamado também de Bosque dos Namorados. É uma reserva de 1171 hectares de Mata Atlântica no coração da cidade de Natal. Fizemos a trilha guiada Ubaia-Doce, que segue por entre a vegetação até encontrar as dunas, já próximo à praia da via Costeira.

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Terminamos o dia na Praia da Redinha, esperando o por do sol entre ambulantes e barcos de pesca que resultaram em lindas fotos.

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Nossa programação para hoje incluía a visita obrigatória ao Cajueiro Gigante, à Baía dos Golfinhos e a Praia da Pipa. A reação comum a todos que visitam o cajueiro é de espanto pela sua imponência e tamanho. É também chamado de Cajueiro de Piranji, nome da praia do lugar. A árvore e suas ramificações cobrem 8500m². Produz, em média 70 a 80 mil cajus por safra (2,5 toneladas). Conta a história que foi plantado por um pescador em 1888. Este mesmo pescador teria morrido aos 93 anos sob a sombra do cajueiro.
Nossa visita foi fora da época de produção, mas ainda assim conseguimos um exemplar.

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Do Cajueiro seguimos para o mirante da Marina Badauê, onde em tese, veríamos golfinhos nadando. E não é que vimos algumas sombras e barbatanas?
Nosso equipamento fotográfico, não produziu bons resultados. Com um pouco de boa vontade, aí estão eles.

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Seguimos embarcados para alguns mergulhos na barreira de coral de Piranji, chamada de Parrachos Piranji distante 1200 metros da costa.

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A expectativa de ver golfinhos era grande. Pegamos o carro que alugamos e seguimos para Tibau do Sul. Lá embarcamos novamente para visitar a tão famosa Baía dos Golfinhos. O mar estava bem agitado, embora o tempo estivesse bom. Prenuncio de alguns enjoos a bordo, mas nada que prejudicasse o passeio.

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Mais uma vez vimos um solitário golfinho marcando presença.

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Conversando com os locais, fomos consolados pela pouca ou quase nenhuma presença deles. Na verdade não há uma época ideal para observá-los. Mais um motivo para retornar.

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Dito isso, aproveitamos o resto do dia na Praia da Pipa. Sol, praia, petiscos e cerveja bem gelada. O que não faltam são opções de bares para sentar e relaxar.

As interessantes formações rochosas do lugar são um destaque a parte, além de água clara e morna. As pedras lembram uma área coberta por lava vulcânica, que foi sendo aos poucos quebrada e reposicionada pelo mar e pelos ventos.

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O por do sol vem para fechar o dia com preguiça e beleza.

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Vida de turista é mesmo difícil. Hoje vamos fazer o tradicional passeio de bugre à Genipabu, tendo pelo meio do caminho o Aerobunda, o Esquibunda, lagoa e encerramento do dia em Muriú, com seu mar azul, suas jangadas,… Dia fantástico.

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O animal como atrativo turístico é algo que nos incomoda muito, mas ainda é uma prática muito comum, ainda mais em se falando de nordeste. O sol forte, as condições desfavoráveis, e os dromedários e jumentos parados naquele ambiente hostil, com pouca assistência, aguardando a hora de fazer força para transportar turistas desconectados de seus sofrimentos. Nós não compactuamos com essa forma de turismo.

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O aerobunda e o esquibunda são um sucesso. O difícil é parar de pedir bis, e bis, e bis. rssss

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O esquibunda demanda um certo controle com as mãos, para se manter sobre a pequena prancha, até a água. De outra forma, vai virar empanado.

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Aproveitamos todo o resto do dia calangueando, bebericando e petiscando na Lagoa e na Praia de Genipabu, com suas jangadas e amigos que fizemos durante o passeio.

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Hoje, colocamos o carro na estrada e seguimos na direção de Tabatinga, para passar o dia na Lagoa de Arituba. Outro delicioso lugar para permanecer o dia todo, 35 kms distante de nossa base.

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Em Natal você não pode acelerar sua visita, passando rapidamente por suas belezas. Imagine visitar Barra do Punaú (76 kms de Natal) com pressa?! Impensável não?
Reservamos o dia inteiro só para essa beleza de lugar. A combinação de rio, dunas, coqueiros e mar nos pareceu única. Aliás essa é a sensação a cada recanto deste lindo estado. As fotos falam por si.

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Barra do Punaú é ou não, um lugar especial?

Juntamos um grupo que também estava em visita em Punaú, e resolvemos seguir para mergulhar nas piscinas naturais que se formam na maré baixa, por sobre a barreira de coral em frente à praia de Maracajaú (26kms). E a cor da água????

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Próxima atração?? Galinhos, distante 160 kms de Natal. Fechamos com uma operadora de turismo (não recordamos mais o nome) e fomos inseridos num grupo. O nordestino tem, no bom humor, uma característica quase que genética. Nosso guia motorista foi também um comediante dos bons, fazendo a estrada passar sem que por nós fosse notada.
Galinhos combina também a beleza das dunas, do rio e do mar. O vento aqui é intenso. Fizemos uma pequena navegação pelos canais que recebem a água do mar até atingir a ponta da península. Nosso receptivo foi a Pousada Brésil Adventure.

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A vila de Galinhos, território de pescadores profissionais é a representação da tranquilidade. Quer um taxi? Chame a carroça.

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A fotos acima dá uma clara ideia da movimentação intensa da areia pelo vento. Até quase 40 cms de altura, beirando os joelhos, o impacto da areia é bem forte. Cuidado então se levar crianças pequenas. Mantenha-as no colo.

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Fechando a viagem reservamos o último dia para uma esticada até João Pessoa (186kms), na vizinha Paraíba. Fizemos um breve tour pelo centro velho da cidade, com toda a sua história, prédios e casarios bem conservados, muito coloridos e arejados.

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Fomo ao extremo oriental do país (ponto mais próximo do continente Africano), na também conhecida como ponta do Seixas, onde fica o farol do Cabo Branco.

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Nosso guia comediante também tinha bons contatos em João Pessoa. E nós muita sorte de estar ali exatamente naquele dia. O Projeto de Proteção das Tartarugas de João Pessoa, que ocorre numa praia urbana (praia dos Macacos) vinha monitorando e protegendo ninhos com previsão de eclosão imediata, e nos permitiu acompanhar a libertação dos filhotes. Foram momentos únicos. A proteção dos ninhos é feita por voluntários e moradores, que dia e noite montam guarda contra animais e curiosos, garantindo o máximo possível de filhotes retornando ao mar.

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Durante o procedimento de abertura dos ninhos, os pesquisadores e biólogos ajudam os filhotes a se liberar da casca, reduzindo a perda de energia desta fase, que será muito necessária na chegada ao mar e na sua sobrevivência. As crianças e adolescentes acompanham todo o processo com atenção e curiosidade, entendendo a importância da preservação, já que no ano seguinte, as tartarugas retornarão ao mesmo lugar para nova desova.

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O fechamento do dia e de toda nossa viagem não poderia ser melhor. Nosso guia nos levou à praia do Jacaré, distrito de Cabedelo, para derrubar algumas cervejas, comer um peixe à moda e assistir ao por do sol ouvindo o bolero de Ravel executado no sax e violino. Evento tradicional que já tem algumas repetições e clonagens espalhadas pela região, tal o sucesso que faz entre os turistas.

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E assim nos despedimos de Natal e João Pessoa, cidades hospitaleiras, receptivas e que veem o turista com respeito e cidadania. Nos dois filmes a seguir, um pouco mais do que vimos e o que fizemos nesta deliciosa viagem com a trilha sonora sugerida pelo nosso Guia comediante.

 

  • Para ver todos os pontos visitados nesta viagem, baixe aqui o arquivo .kmz, para abrir no Google Earth.

18 Comments

  1. Carlos, Gleidys e Fredy novembro 28, 2016
  2. Carlos, Gleidys e Fredy novembro 28, 2016
  3. Carlos, Gleidys e Fredy novembro 28, 2016
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  8. Carlos, Gleidys e Fredy novembro 28, 2016

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