Relembrando agosto/2006 – essa viagem a Bonito foi uma das mais belas e emocionantes que já realizamos, em especial pela diversidade de natureza que pudemos observar.
Em Bonito estivemos em contato direto com a água, flutuando pelos rios cristalinos lado a lado com a rica fauna aquática.
Só mesmo estando lá para ter a exata dimensão do que vimos. Já no Pantanal, circulamos pelos alagados, pescamos nos principais pesqueiros da área, vimos uma infinidade de pássaros nativos, sempre em grande volume e sempre bem acompanhados pelos guias locais e pelos jacarés.
A seguir, o que vimos em cada um dos principais atrativos de Bonito.
Aquário Natural – Vestindo uma roupa de neoprene e salva-vidas (flutuação forçada), partimos para nossa primeira grande flutuação, em águas cristalinas e coalhadas de vida marinha (peixes e plantas). O peixe mais presente era o Piraputanga.
Depois de ambientar o corpo à temperatura da água, partimos adiante, enquanto alguns viviam suas primeiras experiências com máscaras e respiradores. Seguindo a risca a advertência de não colocar os pés no fundo do rio, foi isso aí que vimos:
Os pássaros também dão seu show particular, povoando as copas das árvores que margeiam o curso do rio. Este pica-pau de topete vermelho manteve-se atento a todos os nossos movimentos, facilitando muito seu registro. A estrutura de apoio é muito boa, com hidromassagem morna para reaquecer o corpo depois da flutuação, área para descanso (muita gente sente sono após o contato com a água), restaurante, pequeno zoológico com exemplares dos animais nativos, tirolesa e trilhas, atividade para um dia inteiro. Não lembro as tarifas, mas valem o que custam. Aliás, não venha para Bonito se não separou dinheiro para tudo. Vir e não aproveitar é arrependimento certo. É sim um turismo caro.
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Balneário Municipal em Bonito – Uma das formas mais rápidas, práticas e baratas de se deslocar do centrinho de Bonito para os atrativos é usando o moto-táxi. Chamamos dois deles e seguimos para o Balneário, onde você também pode fazer flutuação entre os peixes, gratuitamente. Num braço de rio de 1 km, fizemos contato novamente com as Piraputangas e outras espécies.
É permitido alimentar os peixes com uma ração que é vendida no local. Ótimo local para passar o dia e mergulhar quantas vezes aguentar. Nós fizemos o circuito duas vezes. Vejam nas fotos a quantidade de peixes, com alguns muito parrudos. Lá a pesca não é permitida por motivos óbvios.
A arara vermelha, de nome Mel, é a atração do lugar. Vive solta e bem acostumada a presença humana. Faz seu show com voos rasantes junto às cabeças dos visitantes e por vezes, faz pose para fotos espetaculares. O lugar é muito agradável, com estrutura de bar para petiscos e bebidas. Bom para lazer de dia inteiro.
Gruta do Lago Azul e São Miguel – A gruta do Lago Azul é o destaque. Todo turista inclui essa visita em seus roteiros. Torcer para um dia de sol para obter as melhores cores.
A gruta de São Miguel fica localizada no Parque Ecológico Vale Anhumas. O acesso à gruta é feito por uma trilha suspensa em meio as copas das árvores conduzindo os visitantes até a entrada da caverna. É uma das grutas mais antigas deste planeta. A variedade de formas é muito grande (estalactites, estalagmites, ninhos e corais de calcário) desenvolvidos pela água e pelo calcário durante milhões de anos.
Rio Sucuri e Passeio de Quadriciclo – Saímos para mais um dia de flutuação, desta vez no Rio Sucuri, nas instalações da Fazenda São Geraldo, em meio a Serra da Bodoquena com ótima estrutura de apoio. Somos conduzidos até o local de mergulho, passando por uma densa área de floresta nativa.
O diferencial deste rio é o fundo muito branco. Sua vegetação submersa é sempre muito densa. A água muito cristalina. Mergulhamos junto as nascentes ressurgentes (brotam do fundo do rio), onde é quase impossível atingir o fundo pela força ascendente da água que brota. Peixes? Sim muitos peixes.
Aproveitamos a oportunidade e fizemos um passeio de quadriciclo pela fazenda São Geraldo, com direito a muita lama e derrapagens.
Tivemos a grata oportunidade de ver estes dois macacos prego muito a vontade e interessados nos nossos movimentos.
Rio da Prata – Mais uma vez lançamos mão dos moto-taxis. Rodamos 50 kms de terra até o Recanto Ecológico Rio da Prata. O Rio da Prata é afluente do Rio Miranda, localizado já no município de Jardim.
Lá, recebemos todo o equipamento para a flutuação. Se permitirem e você sentir-se confiante, vá sem o colete salva-vidas. É mais confortável e a roupa de neoprene já te sustenta muito bem. Fomos levados até o local de início do passeio e percorremos uma agradável trilha por entre a mata local até o ponto de mergulho, no rio Olho D´Água. Foi mesmo especial. Pouco se vê de plantas subaquáticas, mas muito se vê de peixes, e grandes. Piraputangas, dourados, curimbas, pacus, … Quase ao fim das 3 horas de flutuação, fizemos um trecho de corredeiras que a principio assustava, mas com alguma técnica foi fácil de transpor. Quem não quis fez uma pequena trilha até o remanso que impressiona pela transparência da água, isso já no Rio da Prata. Neste remanso vimos o chamado Vulcão, uma forte ressurgência que lança a água para cima. Tente mergulhar até o fundo e penetrar na turbulência. Em torno de 4 metros. Mais 20 minutos e concluímos nossa flutuação por entre peixes maiores ainda.
Deu fome. A estrutura de apoio da Fazenda é impecável. Almoço exemplar. Fique de olho no redário, para ver se pega uma rede para um descanso. Difícil é explicar às pessoas que redário é local de descanso e não de bate papo acalorado. Enfim, seguem algumas fotos deste lugar único. Como não dispúnhamos de fotógrafo para a flutuação, compramos um CD com fotos que descrevem com mais exatidão o que vimos.
Buraco das Araras – De fato é exuberante. Não temos muito o que falar. Precisa ser visto e ouvido. Um buraco com mais de 80 metros de largura e algo em torno de 70 m de profundidade. Também chamado de “dolina” (colina para baixo). Tivemos a oportunidade de ver e ouvir muitas araras. A história do Buraco e mais detalhes podem ser obtidos no Guia Bonitour. A seguir, algumas de nossas fotos, simples como nossa máquina digital na época. Fotos de aves nas árvores, principalmente as araras vermelhas, todas péssimas, por conta do contraste com o céu. Conseguimos salvar uma somente.
Rafting e Arvorismo – Para relaxar e sem esperar emoções fortes, ainda se pode fazer um rafting bem “banana no mel” e um arvorismo razoável. Basta chamar os moto taxis e pedir para levar você. O rafting ocorre no Rio Formoso. Possui pequenas corredeiras e uma queda simples, mas que pode representar muito para quem nunca fez. Com paradas para banhos em bonitas cachoeiras.
O arvorismo acontece no Hotel Cabanas, a 10 km de Bonito. Os caras são muito profissionais. O aspecto segurança é levado a sério, e os equipamentos utilizados de muita qualidade. Eu que conheço os custos destas ferragens especiais, sei do que estou falando. A favor, o ambiente de floresta escolhido para montagem dos obstáculos. Vejam as fotos do site. A seguir, algumas de nossas fotos no arvorismo.
A foto do rafting abaixo não é nossa. Aliás, essa é a única queda que justifica chamar de rafting.
Cachoeiras do Rio do Peixe – Este foi o último passeio que fizemos em Bonito, antes de seguir para o Pantanal. Distante 35 km de Bonito, chegamos à Fazenda Água Viva, que serve de apoio ao passeio. Seguindo trilha bem sinalizada, percorremos o curso do Rio do Peixe, passando por muitas cachoeiras e poços muito bonitos. Alguns bem povoados de peixes. A mata rica em pássaros e água, muita água mesmo. A beleza das cachoeiras, ao meu ver, estava no fato de partilharem o espaço com o verde. As duchas pareciam sair de dentro da folhagem densa. Fugia um pouco do padrão água e pedra.
No retorno da trilha, uma tirolesa com mergulho no Rio e um saboroso almoço típico da região sul do Mato Grosso na sede da fazenda.
A cidade de Bonito – Ficamos hospedados no Albergue da Juventude de Bonito, chamado de Bonito Hi Hostel, de onde saímos para nossos passeios, seja de moto-taxi, ônibus ou van.
A cidade de bonito é um exemplo de respeito ao turista e às pessoas portadoras de necessidades especiais.
Muito limpa, tranquila e com ótimas opções de restaurantes e bares para diversão dos visitantes.
Nós sugerimos o TaboaD+ e o Cantinho do Peixe, ambos com deliciosas opções para petisco e refeições.
De Bonito seguimos para o Pantanal de Corumbá, para alguns dias de pescaria no Rio Miranda. Circulamos pelos alagados, pescamos nos principais pesqueiros da área, vimos uma infinidade de pássaros nativos, sempre em grande volume e bem acompanhados pelos guias locais e pelos jacarés. Contamos essa parte da viagem neste link – Passo do Lontra – MS.
A amiga Adriana, editora do Blog Atravessar Fronteiras tem uma ótima sugestão de Roteiro para 4 dias em Bonito. Vale a pena conferir.
As coordenadas de todos os pontos visitados podem ser obtidas baixando este arquivo.kmz para abertura no Google Earth.